A Rota da Fé em Pernambuco ganhou uma etapa dedicada às religiões de matriz afro-indígena. O novo roteiro mapeia terreiros, casas de culto e espaços sagrados, conectando visitantes a histórias, ritos, gastronomia e manifestações artísticas — e ainda impulsiona a economia criativa local. Veja como funciona, o que visitar e por que essa experiência é uma porta de entrada para um turismo mais respeitoso e transformador.
O que é a Rota da Fé
A Rota da Fé é um projeto do Governo de Pernambuco que organiza e divulga itinerários temáticos de turismo religioso e cultural. Nesta etapa, o foco é afro-indígena, com curadoria feita em diálogo com as comunidades, priorizando respeito, salvaguarda do patrimônio imaterial e formação de guias e serviços.
Rota da Fé em Pernambuco:
- Roteiro com terreiros, casas de culto e espaços simbólicos
- Capacitação do trade e material informativo (fascículos)
- Integração com o calendário cultural do estado
- Ênfase em turismo responsável e combate a preconceitos
Por que essa etapa é importante
Valorização de saberes ancestrais
Promove visibilidade a tradições como Candomblé, Umbanda e Jurema Sagrada, reconhecendo seus guardiões e suas histórias.
Desenvolvimento econômico sustentável
Diversifica a oferta turística, distribui renda e estimula negócios locais (artesanato, gastronomia, música, guias, hospedagem).
Educação e combate à intolerância
O material da rota tem caráter pedagógico, oferecendo contexto histórico-cultural e boas práticas de visitação.
O que visitar no roteiro afro-indígena
A seleção de pontos é curada com as comunidades e pode ser atualizada. Consulte materiais oficiais antes de visitar.
- Terreiros históricos e casas de culto com relevância cultural
- Espaços de memória: centros culturais, museus comunitários, bibliografias vivas
- Experiências: rodas de coco, toques de terreiro com autorização, feiras gastronômicas, oficinas de saberes
Dica de etiqueta do visitante (box): vista-se com respeito, peça autorização para fotografar/filmar, siga as orientações da casa, contribua com o dízimo/ingresso quando houver.
Mini-roteiro sugerido (2 dias)
Dia 1 — Introdução e contexto
Manhã: centro cultural/museu comunitário (história das matrizes afro-indígenas).
Tarde: visita a casa de culto aberta a visitantes, com mediação.
Noite: gastronomia local (pratos com referências afro-indígenas).
Dia 2 — Experiências e economia criativa
Manhã: oficina (artesanato, ervas, cantos) com mestres locais.
Tarde: feira/mercado criativo; aquisição de produtos da comunidade.
Noite: participação em atividade autorizada (quando houver).
Boas práticas de turismo responsável
- Agende com antecedência e respeite horários/rituais
- Não exotize: evite linguagem ou imagens que objetifiquem a fé
- Compre local: priorize guias e empreendedores da comunidade
- Sem fotos sem permissão: registros só com autorização explícita
- Devolutiva: se produzir conteúdo, compartilhe o material com a casa visitada
Como planejar a viagem
- Quando ir: alinhe com o calendário cultural local
- Quanto tempo: de 1 a 3 dias por microrregião
- Custos estimados: guia, doações/ingressos, transporte, alimentação
- Acessibilidade: confirme previamente condições e sinalização
- Contatos oficiais: consulte a Secretaria de Turismo de PE/Empetur para materiais atualizados
Perguntas frequentes
A Rota da Fé é só para religiosos?
Não. É um roteiro cultural e educativo aberto a qualquer pessoa interessada, com respeito às práticas.
Posso fotografar dentro dos terreiros?
Apenas com autorização dos responsáveis e conforme as regras da casa.
Levo o que para as visitas?
Roupas adequadas, espírito de respeito, água, contribuições para a casa quando indicado.
Como saber se um ponto é oficial?
Consulte os materiais oficiais e confirme com a organização local antes de ir.